Últimas horas em Tóquio 😢

Madrugamos e decididos assistir um treino de sumô antes de pegarmos o trem pra Nikko e deu tudo certo! Evitamos o rush hour maluco e em 45 minutos estávamos na cara do dojo, com vista privilegiada.

Se tem algo que nos chamou a atenção no treino deles,  foi o silêncio. Durante a sessão os lutadores pouco falam ou esboçam emoção; a comunicação é feita através da luta e dá quase para decifrar o que está sendo dito, mesmo que sem palavras.

Passar Nikko - Rinno-Ji. Paga-se 900 yens para dar um pulinho e passear por dentro. O templo está em reforma no momento, mas até a reforma dos japoneses é interessante de ver. É tudo muito limpo (como tudo aqui) e extremamente seguro. A reforma está prevista para terminar em 2020. O santuário Togusho (um dos mais visitados) fica logo atrás, e é interessantíssimo por fora.

Achamos Nikko uma fofura, toda cercada de montanhas e lugarezinhos pequeninos e simpáticos, fora os incontáveis templos budistas, mas como fomos só para passar o dia, não tivemos tempo suficiente de experimentar as outras maravilhas do lugar como cachoeiras, trilhas e banhos termais. O ideal é que você reserve ao menos 2 dias por lá.

 

Os trens saem da estação de Asakusa em Tóquio e custam cerca de 3000 yens (por volta de 30 dólares) por pessoa, ida e volta.

Se existe um defeitinho em Nikko é que não tem placa alguma em inglês na cidade, a não ser as de ordem, "Keep out" e "No photos" que podem ser vistas ao redor de quase todos os templos. Outro problema é que para entrar nos templos tem que pagar, e lá se vão nossos ricos yeninhos... eles não tem resistido por muito tempo na carteira.

A noite fizemos nossa última visita ao supermercado pra aproveitar o descontão noturno do sashimi - sim, após as 8 da noite o preço do peixe fresco baixa até 40%! - e Vivi ainda conseguiu participar de uma  cerimônia do chá com a Yuka, onde pudemos aprender um pouco de como é feito e servido o tradicional chá verde japonês! Fantástico!!

É engraçado como agente tem a tendência a tentar estabelecer uma rotina onde quer que estejamos. Acordar cedo, mega role, chegar tarde, sashimi com desconto, cerveja, cama. Acordar, repetir!

O balanço da viagem é bolso furado, cansaço e felicidade. Se prepare para o Japão, os preços aqui não são nada camaradas. Na capital dos Go Rangers (é go de 5 em Japonês - que significa 5 rangers), os nosso queridinhos Power Rangers as vezes parece até que estamos num vídeo game. São muitos barulhinhos estilo Sega e Nintendo dos anos 90. 

O empenho que colocamos para entender mais da cultura japonesa, começa a fazer sentido, as expressões faciais e costumes locais que antes pareciam quase de outro planeta, agora estão desmistificadas, no que diz respeito às nossas primeiras impressões.

A compreensão do diferente torna-se uma nova maneira de ver a vida e isso depende diretamente do quanto conseguimos nos desprender dos nossos próprios hábitos dentro dos lugares que visitamos. O objetivo é sempre alcançar um balanço entre vestir sapatos que não são e nunca serão nossos, ao menos por poucos dias...😊